Clonagem, Transgênicos e células-troncos

Clonagem

A clonagem é o processo de criar uma cópia geneticamente idêntica de um organismo ou célula. Ela pode ser dividida em três categorias principais:

  1. Clonagem Reprodutiva: Cria um novo organismo geneticamente idêntico ao original. O exemplo mais famoso é a ovelha Dolly, clonada em 1996. A clonagem reprodutiva envolve a transferência do núcleo de uma célula somática (não germinativa) para um óvulo cujo núcleo foi removido. Esse óvulo, agora com o núcleo da célula somática, é estimulado para se desenvolver em um novo organismo.

  2. Clonagem Terapêutica: Visa criar células-tronco para tratar doenças. Em vez de criar um organismo completo, a clonagem terapêutica busca gerar células que podem se diferenciar em diferentes tipos celulares para reparar tecidos ou órgãos danificados. Isso geralmente envolve a clonagem de embriões em estágios iniciais e a extração das células-tronco para cultivo.

  3. Clonagem Molecular: Refere-se à criação de cópias de segmentos específicos de DNA. Esse tipo de clonagem é utilizado em pesquisa genética para estudar genes, criar organismos geneticamente modificados e desenvolver novas terapias. Isso envolve a inserção de um fragmento de DNA em um vetor, que é então introduzido em células hospedeiras para produção e estudo.


Transgênicos

Os organismos transgênicos são aqueles que contêm um ou mais genes de outra espécie inseridos em seu genoma. Esses genes são conhecidos como "transgenes". A introdução de transgenes pode ocorrer por diversas técnicas, como a biolística (bombardeio de partículas de DNA) ou a mediação por vetores virais. Os organismos transgênicos são criados para:

  1. Melhorar características agrícolas: Por exemplo, plantas que são resistentes a pragas, doenças ou condições ambientais adversas, como o milho Bt, que contém um gene de uma bactéria que a torna resistente a insetos.

  2. Produzir medicamentos e vacinas: Como no caso da produção de hormônios humanos, como a insulina, ou vacinas através da expressão de proteínas terapêuticas em plantas ou animais.

  3. Estudos científicos: Organismos transgênicos, como camundongos, são usados para entender a função de genes específicos e para modelar doenças humanas.



Células-Tronco

As células-tronco são células com a capacidade única de se dividir e se diferenciar em diversos tipos celulares. Elas são classificadas em dois tipos principais:

  1. Células-Tronco Embrionárias: Obtidas a partir de embriões em estágios iniciais (blastocistos). Elas têm a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula no corpo, o que as torna muito valiosas para a pesquisa e terapias regenerativas. No entanto, o uso de células-tronco embrionárias levanta questões éticas relacionadas à destruição de embriões.

  2. Células-Tronco Adultas: Encontradas em vários tecidos do corpo, como medula óssea e gordura. Embora não sejam tão versáteis quanto as embrionárias, as células-tronco adultas ainda têm a capacidade de se diferenciar em tipos celulares relacionados ao tecido onde são encontradas. Elas são usadas em tratamentos como o transplante de medula óssea para tratar leucemias e outras doenças hematológicas.

Há também um tipo intermediário, as células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs), que são geradas reprogramando células adultas para um estado pluripotente, similar ao das células-tronco embrionárias. Essas células têm o potencial de se diferenciar em quase qualquer tipo de célula do corpo, oferecendo uma alternativa para a pesquisa e desenvolvimento de terapias sem as questões éticas associadas ao uso de embriões.




Fonte: https://www.scielo.br/j/ea/a/sDtmSJfCv3cYLjcDg94NW4n/?lang=pt

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